domingo, 6 de novembro de 2011

Carta ao Rio


                                                                    Covilhã, 7 de julho de 2011 

Querido rio,

   Todos os dias me pergunto se não tens piedade daqueles que em ti querem nadar: as tuas águas são tão geladas que quase ninguém lá consegue entrar!
     Como é que passas o teu dia?
     Como é que adormeces? Sempre te imaginei a contares os teus peixes e animais.
     De certeza que de manhã mergulhas a cabeça na água e ficas mais fresco.
      Quando a lua nasce e o dia escurece, não tens medo  que animais noturnos que bebem as tuas águas te façam mal?
      Já alguma vez sonhaste com o dia em que, de repente, o mundo mudasse e  as tuas águas ficassem mais limpas e brilhantes , de modo a que toda a gente visse os teus peixes a nadar e a saltar?
      Foi contigo que passei os melhores dias da minha vida .
    

        Beijinhos bem frescos,
   
                                                            Raquel Sousa

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