Covilhã, 7 de julho de 2011
Querido rio,
Todos os dias me pergunto se não tens piedade daqueles que em ti querem nadar: as tuas águas são tão geladas que quase ninguém lá consegue entrar!
Como é que passas o teu dia?
Como é que adormeces? Sempre te imaginei a contares os teus peixes e animais.
De certeza que de manhã mergulhas a cabeça na água e ficas mais fresco.
Quando a lua nasce e o dia escurece, não tens medo que animais noturnos que bebem as tuas águas te façam mal?
Já alguma vez sonhaste com o dia em que, de repente, o mundo mudasse e as tuas águas ficassem mais limpas e brilhantes , de modo a que toda a gente visse os teus peixes a nadar e a saltar?
Foi contigo que passei os melhores dias da minha vida .
Beijinhos bem frescos,
Raquel Sousa
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