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Apesar de se tentar libertar do
canto hipnotizador das sereias, estas aproximavam-se perigosamente tentando
atraí-lo.
Para escapar, chegou perto de
uma sereia, tocou-lhe no cabelo, como que para perguntar como é que tinha o cabelo tão suave. Todas começaram a falar do novo amaciador do cabelo da sereia, abstraindo-se de
Ulisses.
Apanhando-as de surpresa,
Ulisses conseguiu chegar à superfície, fugindo para o barco. Já a salvo, colocou cera nos
ouvidos, para não cair no encantamento das
sereias, e prosseguiu o seu caminho.
Raquel Nogueira
Ulisses continuava a gritar para pararem de remar , mas os marinheiros não o ouviam.
Entretanto, Ulisses, com uma faquinha que tinha no bolso,
começou a cortar as cordas que o amarravam ao mastro do navio e conseguiu soltar-se para ir salvar a sua
mulher, Penélope, que ele pensava estar no fundo do mar.
Ulisses saltou diretamente para o
mar. Ao longo do mergulho via cores a brilharem e várias barbatanas grandes à
sua frente. Sentia-se confuso e com falta de ar, mas Ulisses continuava, até
chegar ao pé de Penélope.
De repente, ao seu
lado viu uma, duas, três, quatro, cinco, seis sereias a cantarem muito, muito
alto. À sua frente, viu o fim do mar e nele não estava Penélope. Apercebeu-se que
era uma partida das sereias e que Circe tinha razão.
Ulisses só tinha uma possibilidade:
pôr algas nos ouvidos para não ser encantado pela música das sereias. Foi isso
que fez. De seguida, nadou até ao barco, para fugir delas. Ulisses era muito
rápido a nadar e, assim, as sereias não o conseguiram alcançar, por isso,
ficaram para trás. Quando chegou ao barco, Ulisses, tirou a cera dos ouvidos
dos seus companheiros e continuaram a viagem.
Uma vez que Ulisses desobedeceu a Circe, pediu-lhe desculpa.
Artur Canário