segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Que dia!




Finalmente chegou o dia, ia por fim a caminho da loja. Era o meu primeiro dia de trabalho, o melhor dia da minha vida.
Quando cheguei a loja, o chefe dirigiu-se a mim e disse.
-Vou pô-la à experiência. Hoje fica no atendimento ao público.
Passou-se algum tempo até chegar o primeiro cliente. Este dirigiu-se a mim, entregou-me um papel e saiu porta fora. Ter-se-ia esquecido do que ia comprar?
Estava eu envolvida nos meus pensamentos, quando me deparei com o papel em cima do balcão. Fiquei indecisa, se calhar, não era para mim. Não! NÃO me parecia que tivesse alguma dúvida, o papel era para mim! Não aguentava de curiosidade, tinha de ver o que lá estava escrito. Desdobrei-o e deparai-me com a seguinte mensagem:
“Agente BB5124,venha imediatamente ter à sala de comando, é urgente. Não se esqueça de vir com a cara tapada. ATENÇÃO! Alteração na direção da sala de comando. Nova morada: Rua APD, Bloco 15-11º A.
Imediatamente fui ter com o meu chefe a pedir licença para sair durante uns minutos. Não podia arriscar ser despedida, e a curiosidade não me permitia ficar sem saber o que se passava.
Meti-me no carro e, com a ajudo do G.P.S., cheguei ao local em menos de cinco minutos.
Já estava prestes a bater a porta quando ……
Oh, não! Esqueci-me que tinha de vir com a cara tapada. Desci as escadas correr, olhei em meu redor e….não acredito, uma loja dos chineses. É isso mesmo, vou lá comprar uma máscara. Entrei olhei e apenas havia máscaras do Homem - Aranha. Comprei uma, ao menos ia com a cara tapada.
   Voltei para o local do encontro, bati à porta e ouvi uma voz que me disse:
-Por favor, diga a palavra passe.
Fiquei admirada e sem saber o que dizer. Acabei por responder:
-Não sei?!
A porta abriu-se e eu, com algum receio, entrei. Logo me disseram para não tirar a mascara e me dirigir para os provadores. Entrei nos cilindros de vidro e, sem saber bem como, fiquei vestida com um fato de agente secreto. Deram-me então uma missão que era a seguinte:
” Temos que encontrar o Monotas, tem andado a roubar ímanes da escola. Descobre o que anda a tramar!” A mensagem vinha com uma foto para o identificar.
Lá fui eu meio perdida a procura de um tal Monotótó ou Monotas.
De repente lembrei-me do meu trabalho e do meu chefe. Tirei o fato de agente secreto, corri para o carro e fui para a loja, mas já não tive sorte nenhuma. O chefe informou-me que estava despedida, pois tinha demorado muito tempo. Fiquei completamente desanimada e sem saber o que fazer.
Decidi ir ao banco ver as minhas poupanças. Eis então quando sai um homem disparado a correr com milhões de moedas a volta do corpo.
Perguntei ao gerente do banco o que se tinha passado e ele respondeu:
- Entrou aqui um homem a gritar:”Isto é um assalto!” e depois todas as moedas se agarraram ao seu corpo e depois foi-se embora a correr.
Percebi logo que tinha sido o Monotas bem como o porquê do roubo da roupa e dos ímanes. Corri logo atrás dele e ainda consegui apanhá-lo. De repente, olhei para o lado e vi a pessoa que me tinha entregue o papel na loja. Levou o Monotas para a prisão e disse-me para ir ao comando. Quando lá cheguei disseram-me:
-Muitos parabéns D. Antónia Pacheco! Passou no último teste. É Oficialmente Membro do C.I.D (Companhia de Investigação e Detetives)
Nesse momento tive a certeza: tinham-se enganado na pessoa. Expliquei-  -lhes que não era a D. Antónia Pacheco, mas sim Maria Lima. O responsável pela organização ficou muito atrapalhado com o erro e disse -me:
-Peço imensa desculpa pelo erro, isto nunca me tinha acontecido antes…
De qualquer forma, damos-lhe os parabéns, portou-se como uma verdadeira detetive. Vamos compensá-la com 100€.
Agarrei no dinheiro (que me fazia muita falta) e voltei para casa.
É verdade que fiquei sem emprego, mas sempre tive um dos melhore dias da minha vida.


Raquel Nogueira  de Sousa
5º7   nº20

O Bruno e o Mar



Eu tinha ido de férias para Monte Gordo no Algarve.
Eu e a minha família fomos à praia; eu entrei no Mar, quando ouvi uma voz:
-Olá, como te chamas?
-Quem falou? -perguntei muito assustado.
-Sou o Mar!
-O Mar?! Eu chamo-me Bruno.
-Vem brincar comigo(faz ondas maiores!)
Bruno surfava na sua prancha.
-Como é que falas?
-Há muitos muitos anos vivia numa ilha uma bruxa. Um dia, eu descontrolei-me e fiz um tsunami que  entornou o seu caldeirão com uma poção mágica .Ela, para se vingar, lançou-me um feitiço para eu ter vida e isso até é bom. A parte má é a maldição: à noite eu congelo.
A única pessoa que me pode salvar és tu
-Eu!!!
-Sim. Quem é meu amigo é o único que me pode salvar.
-O que é preciso fazer?
-Vais ao castelo da bruxa e tiras a poção que diz «Desfazer Maldições», abres a tampa e deitas a poção sobre mim.
-Ok!
Entrei no castelo e vi um armário, estava trancado, parti-o e tirei a poção que queria e fugi.
Deitei a poção sobre o Mar  e a maldição acabou.
-Obrigado, salvaste-me desta maldição, serei teu amigo eternamente!
-Amanhã vou-me embora, já não venho à praia, adeus, até para o ano!


Bruno Ferreira

A Serra que não gostava do inverno




          Era uma vez, uma Serra que no verão era muito feliz, mas no outono e no inverno era um pouco triste. Eu explico porquê. No verão ela conseguia ver a sua cidade. À noite, era tudo com luzes, pois, as pessoas saiam muito. Mas, no inverno, ela não conseguia ver nada, nem ninguém. O inverno, também tinha as suas vantagens, mas não tinha tantas como o verão. Para aquela Serra, o verão era especial pois costumavam lá ir muitas pessoas.
          Certo dia, a Serra reclamou ao Sr. Nevoeiro:
          - Saia da frente! Não consigo ver nada.
          - Desculpe, D. Serra! Mas, nesta altura tenho de ficar aqui até fins de Março – explicou o Sr. Nevoeiro.
          - Vá lá! Amanhã pode voltar. O Sr. Sol também deve estar triste.
          - Já falei com ele, e entendeu-me – explicou o Sr. Nevoeiro.
          - Está bem! – disse ela de uma forma amuada.
          Decidiu telefonar ao Sr. Vento do Norte.
          - Estou? Olá! – cumprimentou a D. Serra.
          - Estou? Quem fala? – perguntou o Sr. Vento do Norte.
          - Sou eu. A D. Serra.
          - Ah! Olá! Tudo bem? – perguntou o Sr. Vento do Norte.
          - Sim. E contigo?
          - Também. O que desejas?
          - Eu queria que tu empurrasses o Sr. Nevoeiro. Eu agora não tenho grandes vistas e ele também não sai da frente. Fazes isso por mim? – pede a D. Serra.
          - Claro que sim.
          - Muito obrigada. Adeus!
          - Adeus! – despede-se o Sr. Vento do Norte.
          Passados uns minutos, já não havia nevoeiro, e a partir desse inverno, a D. Serra passou a ser todo o ano feliz.

Luís Sena, nº 15