terça-feira, 1 de maio de 2012

O reencontro com o peixe



Oriana ia a caminho da casa do moleiro e olhou para o rio, para ver se estava tudo bem.
-Ah! Que agradável que é o perfume dos lírios e dos malmequeres!- exclamou Oriana.
Dirigiu-se até a uma das margens e apanhou um ramo de lírios brancos para dar ao Poeta. Na outra margem, viu uma coisa laranja a saltitar. Era o peixe! Oriana interrogou-o:
-E agora?! Também foste atrás de uma mosca ou de uma borboleta?
-De uma borboleta. Por favor, ajuda-me! - implorou o peixe.
-Para quê? Para me enganares de novo? Nem pensar.
-Por favor! Não queres que a Rainha das Fadas te tire de novo as asas e a varinha de condão por não me salvares, pois não?- chantageou o peixe.
-Está bem, mas promete-me uma coisa.- pediu Oriana.
-Tudo o que quiseres.
-Dá-me três pedrinhas brancas para amanhã ir à casa do lenhador. Hoje só transformei duas, as últimas que lá havia em redor.
-Está bem.
Oriana pôs o peixe com cuidado na água e ele disse:
-Volto já!
Oriana esperou, esperou e só passada uma hora e meia é que o peixe voltou. Oriana reclamou:
-Chegaste muito tarde. Já devia estar na casa do moleiro há imenso tempo.
-Desculpa! Amanhã, a esta hora, vem de novo ter comigo. Podes-me pedir outro favor.
-Não quero. Vais fazer o mesmo que fizeste quando os animais queriam uma testemunha e tu não apareceste. Não, obrigada.
-Está bem. Estás a ser pobre e mal agradecida. Devias aproveitar.
-Não quero. Vou a casa do moleiro. Adeus! Tenho mais coisa que fazer ao contrário de ti.
-Adeus!
E Oriana foi a casa do moleiro.

Luís Sena
                                                              Esta imagem veio daqui.

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